quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ipirá

Passei minha infância e adolescência nesta casa, vivi histórias e conquistei amigos nessas minhas andanças por estas terras. Passei muitas coisas, vi muitas coisas, convivi com muitas coisas. Querem ver?!!! Conheci o velho Casé e a irmã Milca, convivi com o Irmão Ilarino, Delsique, Irmã Odete e seu marido Sr. Neca, seus filhos Angélica, Rutinaldo, Delegado, Celso e suas sobrinhas Poliana e Juliana que carinhosamente era chamada de July.
Ainda lembro que quando Poliana nasceu tanto eu quanto Celso compramos chupetas e saímos pelas ruas dessa cidade fazendo uso delas.
Mas tínhamos mais gente. João Pedro que era muito amado por minha família. Minha saudosa mão o adorava e queria que eu fosse igual a ele, mas não tinha jeito. Cada um tem a personalidade que tem.
Lembro do Irmão Gilson e sua Esposa Luciana. Biéca e seu irmão Bonifácio. Lozinha tão querida...
Desses, sei, alguns já se foram. Deus os acolheu em seus braços, colocando-os no colo e acalentou suas lagrimas. Mas alguns ainda entre nós, perdidos no tempo e na distância, encontram-se anônimos nessa história de grandes heróis, de homens e mulheres que plantaram com as próprias mãos a semente que hoje se vê brotar. Que tiveram coragem de acreditar no sonho de uma Ipirá melhor para seus filhos, netos, amigos, etc.
A estes, minha homenagem, minha devoção, meus respeitos.

1995

"É impressionante a força que as coisas parecem ter quando elas precisam acontecer."
Caetano Veloso

Já faz tempos que vi pela primeira vez esta frase.

Era um momento magico, cheio de descobertas e conquistas, envoltas em um misticismo de perdas e derrotas, fracassos amorosos, e desilusões.

Em letras bem pequenas, numa crítica de que minhas letras eram infantis, alguém escreveu isso numa capa de caderno daquele ano, no qual eu escrevia anotações seculares de assuntos escolares.

Descobrimos que somos responsáveis pelo que cativamos, mas somos ainda mais responsáveis pelo que fazemos de nossas conquistas.

Ano de muitas descobertas, de perdas e de ganhos, de alegrias e de tristezas, de conquistas imensuráveis e também de planos que se esvaiam entre os nossos dedos como água, que embora quiséssemos represar em nossas mão saiam pelas fendas que deixávamos em nossas existências.

Mas o tempo passa e, embora não queiramos, nos atropela como um rolo compressor e nos reduz a pó, a mera poeira num espaço distante, fazendo-nos compreender que as nossa vidas estão em constante ebulição, mudança, transformação.

Cada dia aprendemos que a jornada é dura e que não nos permite descanso.

Aprendemos que a companhia não importa, mas que tem que ser agradável caminhar com quem se divide a jornada.

Aprendemos que a vida é bela e podemos sonhar com dias melhores.

Aprendemos que Deus é a essência de tudo o que nos propomos a fazer de coração, mas temos que fazer nossas escolhas.

Aprendemos que nada na vida vem de graça e que temos preços para pagar por nossas ações.

E, por fim, aprendemos que somos mais forte do que imaginamos, que nossos sentimentos nos guiam, e que nossa vida é curta demais pra perdermos tempo com pequenas coisas que estragam a nossa manhã, se arrastam pela tarde e adormecem conosco.

Sejamos mais felizes

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Mestre...Aluno...

Existe uma arte por trás de cada coisa, e não seria diferente com o ensino, e logicamente com o aprendizado.
Quem ensina, não tem a obrigação de fazer com que o aluno apreenda o conteúdo, mas se obriga a buscar o meio para que ele construa seu próprio conhecimento de maneira robusta e firme.
Sacerdócio, ser professor é receber os louros pelas vitórias dos outros, mas também amargar derrotas alheias. É vibrar com os acertos somados como um técnico de futebol que prepara um time, mas é receber as criticas quando algo não sai como o esperado. Ser mestre é acima de tudo ser crucificado por seus discípulos.
Ser aprendiz demanda coragem.
Coragem de seguir os passos do mestre e se arriscar a errar junto o ele. Coragem para acreditar no que ninguém mais está vendo além de você. É entrar em campo defendendo as técnicas de alguém que está no banco. É ver seu mestre morrer por você e ainda o negar de vez em quando.
Ser aprendiz é deixar que alguém lhe mostre o caminho, mas não esperar que o trilhem por você, afinal, somos responsáveis por nossas escolhas e vamos pagar os nossos preços pelo que fazemos.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Rosa

É bom saber que posso olhar na sua direção e encontra o seu olhar me guiando como um farol, e sua mão me acariciando como uma brisa suave, e você como um porto seguro me aguardando retornar de minha trajetória errante por sete mares.